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Economia
26-04-2023
Fonte: CIPRA
COMISSÃO ECONÓMICA
Aprovado Plano de Melhoria do Ambiente de Negócios
<p>O Plano de Melhoria do Ambiente de Negócios 2023-2024 foi aprovado esta terça-feira, 25 de Abril, pela Comissão Económica do Conselho de Ministros, durante a sua 3ª sessão ordinária, sob orientação do Presidente da República, João Lourenço, no Palácio Presidencial.</p><p>O documento, que contém as actividades fundamentais a desenvolver e os marcos a serem alcançados, indica as entidades responsáveis pela sua execução, os prazos e os níveis de prioridade.</p><p>Com esta iniciativa, o Executivo pretende continuar a melhorar o ambiente de negócios para as empresas angolanas, através da melhoria da sua eficiência, reduzindo o número e a duração dos procedimentos para a criação de empresas e dos respectivos custos, bem como da qualidade das regulações, concretamente a aplicação de medidas claras e transparentes.</p><p>Em declarações à imprensa, o ministro da Economia e Planeamento, Mário Caetano João, anunciou a introdução, no plano, da figura do “Cliente Misterioso” para aferir os principais constrangimentos.</p><p>“Essa figura do cliente misterioso é, de facto, uma figura que nos ajuda a perceber se aquilo que nós temos estado a adoptar para a melhoria do ambiente de negócios, efectivamente no local, tem estado a ser implementado”, frisou.</p><p>Segundo o ministro, o Plano de Melhoria do Ambiente de Negócios 2023-2024 estabelece onze domínios de intervenção, designadamente a Obtenção de Crédito, Investidores Minoritários, Comércio Internacional, Execução de Contratos, Resolução de Insolvências, Abertura de Empresas, Licenciamentos, Registos de Propriedade, Obtenção de Electricidade, Pagamentos de Impostos e Actividades Transversais.</p><p>Mário Caetano João revelou, também, que Angola foi convidada pelo Banco Mundial para fazer parte do Projecto Piloto de Melhoria do Ambiente de Negócios.</p><p>“O antigo relatório foi descontinuado em 2020 e agora o Banco Mundial decidiu trazer um novo protótipo de relatório e Angola foi convidada a participar enquanto um mercado piloto, para se poder aferir se este novo relatório é mais assertivo”, esclareceu.</p><p>Nesta mesma sessão, a Comissão Económica do Conselho de Ministros apreciou, para submissão à consulta pública, a Estratégia de Longo Prazo Angola 2050, um instrumento fundamental do Sistema Nacional de Planeamento.</p><p>Trata-se de um programa de desenvolvimento que representa uma significativa mudança de paradigma em relação à Estratégia de Longo Prazo Angola 2025, cuja substituição é justificada pelas alterações registadas nos contextos interno e externo, iniciadas em 2008 e aprofundadas a partir de 2014, após a queda brusca do preço do petróleo.</p><p>O ministro da Economia e Planeamento disse que o documento reflecte as principais aspirações do país até 2050, onde se projecta que Angola se posicione com uma economia de 290 mil milhões de dólares.</p><p>“A nossa economia é de aproximadamente 120 mil milhões de dólares e deveremos duplicar até 290 mil milhões. Nós esperamos com o crescimento populacional que o PIB per capita, também se posicione em 4.200 dólares. Perspectiva-se, também, que o desemprego venha a decair um terço, saindo dos 30 para 20 por cento. E esperamos também que a dívida pública possa ter melhor qualidade, posicionando-se abaixo dos 60 por cento do PIB”, referiu.</p><p>A Comissão Económica do Conselho de Ministros foi igualmente informada sobre a evolução do Produto Interno Bruto (PIB) relativo ao IV Trimestre de 2022, onde destaca que, no essencial, não obstante o fraco desempenho do sector petrolífero, incluindo o gás, confirma a consolidação da recuperação da actividade económica, determinada pela dinâmica positiva do sector não petrolífero.</p><p>Mário Caetano João esclareceu que em termos homólogos houve um crescimento de 2,6 por cento em relação ao ano 2021, sendo que do terceiro trimestre de 2022 para o quarto trimestre, houve um crescimento de 0,2 por cento.</p><p>“O sector não petrolífero registou um crescimento de 4,9 por cento, o suficiente para contrabalançar o crescimento negativo do sector petrolífero em cerca de 5 por cento”, esclareceu.</p><p>Em relação à gestão das finanças públicas, a Comissão Económica aprovou o Plano Anual de Endividamento referente ao ano de 2023, documento que materializa a estratégia de financiamento no âmbito do processo de execução do Orçamento Geral do Estado, tendo em conta as fontes de financiamento internas e externas e um nível de endividamento dentro de limites sustentáveis.</p><p>No mesmo domínio, foi aprovada a Programação Financeira de Tesouro Nacional, referente ao II Trimestre de 2023, documento que contém as projecções das entradas e saídas de recursos financeiros no período em referência, os pressupostos da receita, as operações com incidência directa e indirecta de tesouraria, bem como as operações financeiras e uma abordagem sobre os riscos à sua execução.</p>