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Governo
10-12-2025
Fonte: CIPRA
CONFERÊNCIA INTERNACIONAL
Tribunais reforçam compromisso com a sustentabilidade ambiental
<p>O Tribunal Constitucional não tem pendências processuais relacionadas ao ambiente, nem na fiscalização concreta, nem na fiscalização abstrata.</p><p>A afirmação foi feita pela juíza conselheira presidente do Tribunal Constitucional, Laurinda Cardoso, esta terça-feira, na Conferência Internacional sobre Educação Ambiental (CIEA), que decorre até hoje, 10 de Dezembro, em Luanda.</p><p>Durante a sua intervenção sobre a “Garantia dos direitos fundamentais ambientais na Constituição de Angola”, Laurinda Cardoso disse que o país tem a oportunidade de consolidar um constitucionalismo ambiental capaz de dar resposta às realidades do país e garantir a dignidade e protecção das gerações presentes e vindouras.</p><p>A juíza referiu que o Tribunal Constitucional já tem 17 anos e que Angola dispõe de um quadro jurídico “robusto”, incluindo a Constituição reformista de 2010, que prevê uma cláusula aberta, permitindo que todos os instrumentos internacionais ratificados pelo país sejam aplicados no território nacional.</p><p>Para Laurinda Cardoso, “temos que reformar os princípios da lei, pese embora a aplicação dos princípios constitucionais, independentemente da lei ser obsoleta, não impede que sejam aplicados”, afirmou.</p><p>Por sua vez, o presidente do Tribunal de Contas, Sebastião Gunza, que abordou a temática “Sustentabilidade Ambiental: o Tribunal de Contas como agente de mudança”, explicou que o seu pelouro realiza várias auditorias no âmbito da sustentabilidade ambiental, alinhadas com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável definidos na Agenda 2030 da ONU.</p><p>Entre estas, destacou a Auditoria de Conformidade Ambiental, que verifica se as instituições públicas cumprem a legislação ambiental nacional e internacional, e a Auditoria de Desempenho Ambiental, ou Auditoria Operacional, que avalia a eficácia e a eficiência das políticas ambientais.</p><p>O responsável deu ainda a conhecer que, recentemente, o Tribunal de Contas realizou a Auditoria de Desempenho sobre os Resíduos Sólidos e Líquidos em alguns municípios, e identificou desafios como a ausência de planos municipais de gestão de recintos e a dispersão de responsabilidades entre ministérios, governos provinciais, administrações municipais e empresas públicas ou concessionárias, criando lacunas de responsabilização.</p><p>“Queremos que a nossa intervenção seja encarada como um convite à acção, um apelo para que todos que tenham poder de influenciar façam a sua parte na construção de um futuro mais sustentável”, disse Sebastião Ngunza, destacando que o caminho para a sustentabilidade é longo, mas possível com o contributo de cada geração.</p><p>Por sua vez, o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Amazonas, Brasil, Júlio Pinheiro, alertou para a necessidade de se aproveitar os resíduos produzidos, porque tanto no Brasil como em Angola são desperdiçados biliões de reais e de kwanzas, respectivamente.</p><p>Segundo o responsável brasileiro, a reciclagem e o aproveitamento energético dos resíduos, através do método 4R ou processos como a pirólise, podem gerar energia, asfalto e concreto de alta eficiência.</p><p>Júlio Pinheiro falou ainda da importância do manuseio racional de recursos naturais, como reflorestamento e aproveitamento de madeira, e afirmou que todas estas práticas contribuem para a melhoria da saúde pública e para a sustentabilidade ambiental.</p>