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Governo
01-11-2024
Fonte: CIPRA
AGRICULTURA E FLORESTAS
Governo vai acabar com licenças de exploração de madeira
<p>O Executivo decidiu privilegiar o regime de contrato por concessão em detrimento das licenças anuais, para um combate mais eficaz a desflorestação e a exploração ilegal de madeira em Angola,</p><p>A informação foi avançada esta quarta-feira, pelo ministro da Agricultura e Florestas, António Francisco de Assis, durante a 17. ª edição do CaféCIPRA que tratou das “Implicações dos crimes ambientais no desenvolvimento sócio-económico do país”.</p><p>O governante, um dos facilitadores desta edição, falou da existência de um esquema praticado por empresas nacionais que depois de adquirirem licenças anuais de exploração de madeira vendem-nas para cidadãos estrangeiros.</p><p>António Francisco de Assis esclareceu que a lei florestal angolana não permite a atribuição de licenças a cidadãos estrangeiros e proíbe que os mesmos exerçam a actividade de corte dentro da floresta.</p><p>O ministro apontou para os efeitos dessa prática na economia nacional que ao longo deste ano registou um volume de exportação de madeira avaliado em cerca de 29 milhões de dólares.</p><p>“Um país como Angola ter 29 milhões de dólares de exportação de madeira, é melhor não fazer exportação. Quer dizer que o tema é de facto muito sério”, realçou.</p><p>De acordo com o ministro, com o regime de concessão estão a ser implementadas medidas mais severas, como a exigência de um plano de exploração e o controlo dos hectares explorados para o processo de reflorestação.</p><p>A aplicação de multas, integração na lista negra das empresas que não cumprem as normas de exploração da madeira e a cassação de licenças são igualmente medidas implementadas, segundo o governante.</p><p>“Estamos optimistas que vamos obter melhores resultados com as medidas que estão a ser tomadas, principalmente com foco na concessão, e eliminar essas empresas que se dedicam a obter licenças e depois vender para os estrangeiros”, assegurou.</p>