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06-07-2022
Fonte: Cipra
REALIZADA EM LUANDA
Cimeira Tripartida decide cessar-fogo entre RDC e Ruanda
<p>Os Chefes de Estado de Angola, João Lourenço, da República Democrática do Congo, Felix Tshisekedi, e do Ruanda, Paul Kagame, reunidos hoje, 6 de Julho, em Luanda, acordaram um cessar-fogo na fronteira entre a RDC e o Ruanda, sob tensão entre grupos rebeldes.</p><p>Nesta Cimeira Tripartida, os três Chefes de Estado decidiram igualmente a criação de um mecanismo de observação Ad Hoc, para além do existente a nível da Conferência Internacional da Região dos Grandes Lagos(CORGL).</p><p>“É com satisfação que devo anunciar que tivemos resultados positivos, a nosso ver, na medida em que acordámos um cessar-fogo, entre outras medidas que constam do (Roteiro) que acaba de ser apresentado, entre as quais decidimos pela criação de um mecanismo de observação Ad Hoc, para além do existente a nível da Conferência Internacional da Região dos Grandes Lagos”, informou à imprensa o Presidente João Lourenço, no final da Cimeira.</p><p>O mecanismo Ad Hoc terá à cabeça um oficial general angolano, disse João Lourenço, que destacou o facto de terem acordado a realização da reunião da Comissão Mista, entre a RDC e o Ruanda, na próxima terça-feira, dia 12 de Julho, em Luanda, depois de reunida pela última vez, já há um bom tempo, na cidade de Kigali.</p><p>“Como forma de restabelecer a confiança perdida entre os dois países, esta primeira reunião da Comissão Mista entre a RDC e o Ruanda, terá lugar aqui, na cidade de Luanda, já na próxima terça-feira, dia 12 de Julho. Portanto, houve um entendimento perfeito entre nós, entre os três Chefes de Estado, que conduziu aos resultados que eu acabo de anunciar”, disse.</p><p>Os três Chefes de Estado encontraram-se em Luanda para juntos encontrarem o entendimento necessário entre os dois países vizinhos e irmãos: a República Democrática do Congo e a República do Ruanda.</p><p>ROTEIRO DE LUANDA</p><p>O Roteiro de Luanda que recomenda o cessar-fogo na fronteira entre a República Democrática do Congo e a República do Ruanda foi estabelecido para a normalização das relações diplomáticas entre os dois países.</p><p>No âmbito deste objectivo, de acordo com o ministro angolano das Relações Exteriores, Téte António, foi decidida a cessão das hostilidades e a retirada imediata das posições ocupadas pelo M23 em conformidade com o comunicado final de Nairóbi.</p><p>No mesmo capítulo, acrescentou o ministro, pretende-se a instauração de um clima de confiança entre os Estados da região e a criação de condições ideias de diálogo e de concertação política para resolver a actual crise de segurança no Leste da RDC.</p><p>Téte António falou ainda da necessidade de criação de condições necessárias para o regresso dos refugiados, da reactivação da equipa conjunta de inteligência, bem como da reconvocação da Comissão Mista entre a República Democrática do Congo e a República de Ruanda, prevista para a próxima terça-feira, 12 de Julho, em Luanda.</p><p>O segundo objectivo do Roteiro de Luanda é a prevenção das violações da integridade territorial e a garantia do respeito dos compromissos assumidos pelos Estados da Conferência Internacional da Região dos Grandes Lagos(CIRGL). “E como acção prevê-se alargar o mandato do mecanismo conjunto, a CIRGL, reforçando o seu papel e meios de acção, a fim de permitir uma monitorização, prevenir e constatar todas as acções susceptíveis de comprometer a implementação dos compromissos das partes em matéria de integridade territorial, segurança e de estabilidade dos Estados da região, bem como a confiança mútua”.</p><p>O terceiro objectivo é a verificação das acusações da RDC e do Ruanda, relativamente ao apoio ao M23 e a colaboração com as Forças Democráticas para a Libertação do Ruanda (FDLR).</p><p>“Aqui prevê-se criar um mecanismo de verificação liderado por um oficial general da República de Angola”, acrescentou. </p><p>O quarto objectivo diz respeito à revitalização do acordo quadro para a paz, segurança e cooperação na RDC e na região.</p><p>“E aqui prevê-se a implementação de um mecanismo misto de consultas regulares e de harmonização entre a CIRGL, relativamente ao processo de paz Nairóbi. Prevê-se também pôr fim a fácil mobilidade dos grupos armados na região, acelerar a implementação do processo de desarmamento, desmobilização, e reintegração comunitária e estabilização, assim como a previsão do repatriamento dos elementos dos grupos rebeldes nos seus países de origem”, precisou.</p><p>O quinto objectivo é a promoção de parcerias económicas entre os Estados, com vista a promover a actividade económica na região e assegurar o controlo regular e rigoroso, a exploração mineira e as actividades ligadas aos recursos naturais, em conformidade com a soberania do Estado e o protocolo da CIRGL relativo à exploração de recursos naturais.</p><p>O sexto e último objectivo é a garantia da boa execução do presente Roteiro, para estabelecer a confiança entre os parceiros do processo de Nairóbi, que prevê a convocação, no momento oportuno, de uma cimeira da CIRGL.</p>